Qual a melhor forma de controlar os custos em uma indústria?

por | 13 abr, 2020 | Sistema de Custos

Bom, quando se trata de sistema de custos, o nível de detalhamento necessário é diretamente proporcional ao nível de maturidade gerencial de cada negócio. Ao longo de mais de 15 anos de experiência em consultorias, tive a oportunidade de encontrar as mais diversas abordagens sobre controle de custos dentro de empresas. Em suma, a melhor forma de controlar os custos em uma indústria sempre depende de quais decisões serão tomadas a partir deste controle.

[Se quiser saber mais sobre tipos de decisões tomadas a partir da gestão de custos, acesse “A importância dos custos para a controladoria!“]

Mas de forma geral, já encontrei desde indústrias que simplesmente consideram apenas o custo de matéria-prima acrescido de uma margem percentual para gerar seus preços de produtos. Muito embora, quase nenhuma conseguia informar a origem desta margem percentual…

Até empresas que queriam controlar inclusive a incidência do custo do açúcar do cafezinho dos colaboradores sobre as margens de lucro de cada produto.

Então, onde está o limite? O que é o certo neste caso

Qual a melhor forma de controlar os custos na indústria?

Bom, a regra básica é: o custo de obtenção de uma informação nunca deve ser superior ao benefício que se terá com ela. Simples assim!

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planilha de custos simplificada para indústria

Voltando ao exemplo anterior, digamos que para obter a informação do custo do açúcar, há que se fazer um investimento de R$ 100 mil em monitoramento via sensores. E o impacto do custo do açúcar, de forma geral, não chega a 0,1% do custo final de cada produto. Dependendo do preço que se pratica, é bem provável que este investimento nunca dê retorno.

Então, de forma geral, um sistema de custos, assim como o seu controle, deve evoluir junto com o nível de maturidade da empresa. Esta é a realidade em muitos negócios!

Ok, mas por onde devemos começar então?

O principal é tentar chegar ao custo dos produtos da forma mais justa possível. Ou seja, que cada produto apenas pague pelos recursos que realmente estão sendo consumidos para sua produção. Esta é uma regra básica que deve ser perseguida incessantemente por qualquer controller.

Vejamos um exemplo e você decide qual o melhor caminho:

Digamos que existe uma indústria que, considerando custos diretos e indiretos, somam-se 50 mil reais mensais, e nesta indústria temos apenas 2 produtos: um martelo que tem uma produção mensal de 500 unidades e uma chave de fenda que tem uma produção de 1.000 unidades por mês. É correto então afirmar que, dividindo o custo total [R$ 50 mil] pela soma da produção [1.500 unidades], o custo de cada produto é R$ 33,33?

Qual a melhor forma de controlar os custos na indústria?

Sem dúvida, os produtos estariam “pagando” por todo o custo da empresa. Mas o que está errado nesta forma de cálculo?

Vejamos uma segunda abordagem. Digamos que existam 3 setores nesta empresa, corte, usinagem e pintura. Enquanto a chave de fenda consome recursos dos 3 setores, o martelo consome apenas do corte e pintura, pois não sofre usinagem. 

Qual a melhor forma de controlar os custos na indústria?

E ainda adicionamos o fator tempo de ocupação de cada produto por setor…

E agora? Conseguiram identificar o erro no cálculo da primeira figura? É óbvio que o martelo está sendo penalizado por estar “pagando” por recursos que não utiliza, ou seja, da usinagem. Tanto é que se seu custo “reduziu” de R$ 33,33/un para R$ 26,50/un…

Então, resta evidente que para calcular o custo de cada produto, antes há que se calcular o custo de cada setor. Via de regra, a sequência segue a figura abaixo:

Qual a melhor forma de controlar os custos na indústria?

Então o primeiro desafio para encontrar melhor forma de controlar os custos em uma indústria é justamente levantar todos os custos da indústria, separando entre diretos e indiretos. Os diretos, como matéria-prima e impostos, alocados diretamente nos produtos. E os indiretos, como contabilidade e aluguel, para cada setor, de acordo com as bases de rateio específicas. Por exemplo, se o João da pintura, trabalha em mais de um setor, deve ser rateado proporcionalmente para cada um. Assim teria-se o custo de cada setor.

Agora, a apropriação para cada produto deve ser conforme a utilização de cada setor. Então, uma das formas mais comuns e justas é mediante o tempo produtivo de cada produto no respectivo setor. Desta forma, chegaria-se no custo final de cada produto.

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Mas quais são os desafios nesta sistematização?

O principal é a dinamicidade das indústrias, ou seja, processos e pessoas podem se alterar a qualquer momento. E com isto, altera-se também o custo…

Por exemplo, compra-se uma nova máquina, o custo de um setor se altera. Contrata-se novas pessoas, o custo de um setor se altera. De acordo com a programação de produção, as pessoas são realocadas e o que acontece? O custo de um setor se altera e por consequência, o custo do produto.

Via de regra, os ERP’s são engessados neste sentido, não permitindo uma customização rápida. E quando permitem, vem acompanhado de um alto custo para realizá-la…

Então, qual a a melhor forma de controlar os custos em uma indústria? O bom e velho excel!

Mas será esta a melhor solução?

Veja a seguir: Por que o excel é a melhor solução para montar um sistema de custos? E por que isto não é verdade?

Ou então acesse também: Como definir os centros de custos.

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